A voz é a janela da alma, assim dizia o poeta. Nossa voz é a nossa identidade. Transmite
nossas emoções e sentimentos em todos os períodos de nossa vida. Ela é produzida pelas
pregas vocais, mais popularmente conhecida como “cordas vocais”, que ficam na laringe.
Nessa produção, o ar sai pelos pulmões, passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrar e
depois ressoa nas nossas cavidades oral e nasal assim saindo, o som. Os distúrbios da
voz são quaisquer dificuldades em sua produção como: rouquidão, cansaço ao falar, voz
fina ou grossa demais, fraca ou forte demais.
As alterações na voz podem acontecer devido ao uso de maneira inadequada em diversos
ambientes, inclusive do trabalho, além de doenças no trato respiratório, neurológicas,
oncológicas, entre outras.
A musculatura oral é trabalhada desde o nascimento, com a amamentação e vai evoluindo
conforme o desenvolvimento da criança através de introdução alimentar e com o
aparecimento dos dentes, aprimorando assim a mastigação e a deglutição.
Uma falha nesse processo, como o uso de chupeta, chupar dedo, problemas respiratórios,
entre outros, podem vir a ocasionar uma hipotonia nesta musculatura, fazendo com que
haja alteração na deglutição, mastigação, respiração e muitas vezes alterações da fala e
de arcada dentária.
Problemas neurológicos como síndromes, acidente vascular cerebral (AVC), Parkinson entre
outras, podem também prejudicar a musculatura oral, alterando a mastigação e deglutição.
A terapia fonoaudiológica utiliza exercícios musculares para adequar as funções
alteradas, restabelecendo o equilíbrio motor-oral.
Dentro do contexto educacional, o fonoaudiólogo também assume o papel de educador, junto
com uma equipe multidisciplinar educacional, onde o objetivo é o êxito no processo de
ensino – aprendizagem.
As dificuldades que podem ser encontradas afetando o desenvolvimento da aprendizagem
estão: dislexia, disgrafia, discalculia, alterações no processamento auditivo,
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, déficit auditivo, autismo, entre
outras. Nesses casos a atuação do fonoaudiólogo é imprescindível para auxiliar no
processo promovendo o desenvolvimento da capacidade comunicativa, cognitiva, afetiva
emocional e social da criança.
Para produzirmos um determinado som ou palavra, usamos vários músculos, e como isso se
torna uma coisa natural não percebemos o quão complexo é falar. O brincar da criança
estimula tanto o desenvolvimento da fala como da linguagem, conforme os tipos de
atividades e meio em que a criança está exposta.
O atraso no desenvolvimento da fala e linguagem podem trazer prejuízos para a
comunicação da criança, sendo o fonoaudiólogo o profissional certificado para
diagnosticar e tratar essas alterações através de terapias especificas para cada caso.
A nossa audição é composta da percepção e compreensão do som. Nossas orelhas captam a
informação sonora e a encaminha para nosso cérebro, lá nós processamos (damos
significado) o som.
As alterações de processamento auditivo podem acometer crianças e adultos com ou sem
perda auditiva. O tratamento para essas alterações consiste em estratégias que estimulem
as habilidades alteradas, fazendo com que as atividades neurais e o comportamento
auditivo sejam modificados, isso ocorre devido a capacidade do sistema nervoso central,
de se modificar e reorganizar.
O tratamento é realizado dentro e fora da cabine acústica, utilizando diversos materiais
que estimulam a discriminação de sons verbais e não verbais, ordenação temporal,
localização e melhora o desempenho auditivo em locais ruidosos.